quarta-feira, 21 de julho de 2010

De manhã.

Como a vida é contraditória. Hoje cedo passei pela esquina rapidamente de carro e condenei os pobres homens que às seis da manhã já bebiam doses de cachaça, ignorando a fragilidade matinal dos ossos e das cordas vocais.
Cheguei no trabalho e ouvi um poema do velho Paulo Autran incorporando o mais velho ainda Álvaro de Campos. “grandes são os desertos e tudo é deserto.”
Ah, fragilidade matinal da alma.... essa não deveria ser ignorada.
Não há respeito próprio quando se abre a vida para Pessoa.
E eu começo a pensar que
Certas doses só deveriam ser servidas após o meio dia.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Toda noite de sábado era assim: Abriam uma garrafa de vinho, esgotavam-na até a última gota... ouviam os batimentos cardíacos acelerando ao toque dos lábios. Lamentavam não poder viver para sempre.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Eu quero um quarto escuro, Jimi Hendrix, um cigarro e uma moleza... que é pra desencarnar essa angústia de viver sem ter por quê. Por favor, leave me alone...eu já tenho muito enredo pra inventar aqui dentro. Tenho muito estômago pra alimentar. Eu sou um prato para se comer sozinho.