O fingimento do gozo também pode ser uma prova de amor, como o amor vadio das putas;
antes o fingimento do que a ausência da dramaturgia amorosa de fato;
tem um quê de distanciamento brechtiano no orgasmo fingido;
tem até mesmo um gozo que deveras sente;
tem mais de verossímil no fingido do que em muitos ditos verdadeiros;
a favor das que fingem com decência;
melhor que fingir a velha dor de cabeça;
contra a verossimilhança exagerada dos orgasmos com caras & bocas;
a favor do agrado do teatro, puro teatro, como na canção almodovariana de La Lupe.
(Xico Sá)
Um comentário:
O fantástico teatro...
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